segunda-feira, 6 de junho de 2011

Poesias

As Quatro Estações



Aprendi os cheiros
do alecrim e da hera
e ao azul do céu
chamei Primavera.

Encontrei um fruto
na concha da mão
e à sede da água
dei um nome: Verão.

Descobri o sol com olhos de sono,
à tristeza das folhas dei o nome de Outono
aprendi os modos do bico mais terno:
um cão de peluxe
com o frio do Inverno.

Juntei as estações
com pés de magia
e à soma das quatro
chamei poesia.

José Jorge Letria


Lápis coloridos


Perfilados, apontados,estão todos bem guardadosnuma caixa tão bonita,
desenhada e com fitas !
São eretos, são brilhantescoloridos, elegantes!Têm o corpo de madeira,têm a cor na cabeleira !O azul colore o céu,o verdinho aviva as folhas.Pra pintar um bom painel,
o tom fica a sua
escolha!

Tenho um sol brilhante e belo
com o lápis amarelo!
Lápis preto escurece,
e o desenho entristece!
Com o branco passo apuros,
mas, às vezes, nele aposto,
sua cor,
em fundo escuro
quando vejo,
sempre gosto!
Maria da Graça Almeida



AS BORBOLETAS



Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas

Borboletas brancas

São alegres e francas.


Borboletas azuis

Gostam muito de luz.


As amarelinhas

São tão bonitinhas!


E as pretas, então…

Oh, que escuridão!



Vinícius de Moraes

A FOCA





Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!



Vinícius de Moraes

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